Desviou o olhar do semelhante, tentando focar-se na imagem mental da ruiva, que era tudo o que precisava para esquecer as dores que o corte e a queda lhe provocavam.
- Bill? - Chamou roucamente, fitando as mãos.
- Sai daqui. - Disse simplesmente, ainda sem o olhar. Estava demasiado ferido para o perdoar.
- Mano... - Murmurou com voz embargada. Bill não lhe podia fazer aquilo!
- Sai daqui. - Repetiu num sopro. - Chama a Hayley, por favor.
- Tudo bem. - Acabou por ceder, levantando-se, Não valia a pena discutir, ainda por cima no estado em que Bill estava. Estava demasiado debilitado e Tom não queria sentir-se ainda mais culpado se acontecesse algo ao irmão.
Assim que se encontrou sozinho, Bill apertou os olhos e sentiu as primeiras lágrimas brotarem dos seus olhos cor de mel. Aquilo custava-lhe tanto. Era o seu semelhante. No entanto não o conseguia perdoar. Tinha-o ferido gravemente, tanto fisicamente, como mentalmente.
- Posso? - A ruiva apareceu na porta, analisando-o.
- Podes. - Sussurrou, abrindo os olhos.
Hayley correu até ele a abraçou-o, permitindo que ele chorasse no seu ombro.
- Oh anjo, não fiques assim, por favor. - Pediu, limpando-lhe as lágrimas. - Não queres descansar um bocadinho?
- Não. - Soluçou. - Por favor, fica comigo. - Pediu desesperadamente, o que fez com que o coração da ruiva falhasse uma batida.
Redimiram-se ao silêncio. Tanto um como o outro estavam completamente calados. Hayley observava-o cautelosamente, tinha de encontrar provas que demonstrassem que ele estava bem, coisa que ainda não encontrara.
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Bem...para variar resta-nos pedir desculpa pela demora. Mas compreendam, os comentários não ajudam grande coisa...
Vá, disfrutem.